A queda de estrogênio é um fenômeno natural que ocorre principalmente durante a menopausa, mas que pode afetar as mulheres em diferentes fases da vida. Os efeitos da queda de estrogênio são amplos e impactam tanto a saúde física quanto emocional das mulheres.
Para muitas, esses efeitos podem ser surpreendentes e desafiadores, alterando desde a qualidade do sono até a saúde cardiovascular. Entender esses impactos é fundamental para buscar as melhores estratégias de manejo e manutenção do bem-estar.
O estrogênio é um hormônio essencial para diversas funções do corpo feminino. Ele regula o ciclo menstrual, mantém a saúde dos ossos, influencia o humor, entre outros. Quando seus níveis começam a cair, o corpo reage de várias maneiras, muitas vezes levando a sintomas incômodos e condições de saúde que precisam de atenção.
Esses efeitos não são apenas imediatos, mas também podem ter consequências a longo prazo, como o aumento do risco de osteoporose e doenças cardiovasculares.
Impacto na saúde mental e emocional
Um dos primeiros efeitos da queda de estrogênio que muitas mulheres notam é uma mudança no estado mental e emocional. O estrogênio desempenha um papel importante na regulação de neurotransmissores como a serotonina, que é essencial para a manutenção do humor. Quando os níveis de estrogênio caem, pode haver uma diminuição na produção de serotonina, levando a sintomas como depressão, ansiedade, irritabilidade e mudanças de humor.
Essas mudanças emocionais podem ser particularmente difíceis de gerenciar, especialmente porque muitas mulheres não as associam imediatamente à queda de estrogênio. A falta de sono, comum durante a menopausa, pode exacerbar esses sintomas, criando um ciclo de mal-estar emocional e físico. A privação de sono, por sua vez, aumenta a vulnerabilidade a condições como a depressão e a ansiedade.
Um estudo publicado no Journal of Affective Disorders mostrou que a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser eficaz na melhoria do humor e na redução dos sintomas depressivos em mulheres na menopausa. No entanto, é essencial discutir as opções de tratamento com um profissional de saúde, para avaliar os benefícios e riscos com base no histórico médico de cada paciente.
Efeitos na saúde física: ossos, coração e pele
Outro conjunto significativo de efeitos da queda de estrogênio ocorre no corpo físico. A diminuição dos níveis desse hormônio afeta diretamente a saúde óssea, aumentando o risco de osteoporose. O estrogênio ajuda a regular o processo de remodelação óssea, onde o osso velho é substituído por um novo. Com a queda do estrogênio, esse processo é prejudicado, resultando em uma perda óssea mais rápida do que a formação de novo tecido ósseo.
Além da saúde óssea, a queda de estrogênio também impacta o sistema cardiovascular. O estrogênio tem efeitos protetores sobre o coração e os vasos sanguíneos, ajudando a manter a flexibilidade das artérias e promovendo o fluxo sanguíneo. Com a diminuição do estrogênio, o risco de desenvolver doenças cardíacas aumenta, o que faz da saúde cardiovascular uma área de preocupação durante a menopausa.
A pele também sofre com a queda de estrogênio. Este hormônio é fundamental para a produção de colágeno, uma proteína que mantém a pele firme e elástica. À medida que os níveis de estrogênio caem, a produção de colágeno diminui, resultando em pele mais fina, seca e com maior tendência a rugas. A hidratação e a proteção da pele tornam-se ainda mais importantes durante essa fase da vida.
Diminuição da libido e alterações sexuais
Outro efeito importante da queda de estrogênio é a diminuição da libido e as mudanças na saúde sexual. O estrogênio é essencial para a manutenção da lubrificação vaginal e do tônus dos tecidos vaginais. Com a diminuição dos níveis hormonais, muitas mulheres experimentam secura vaginal, dor durante a relação sexual (dispareunia) e uma diminuição do desejo sexual.
Essas mudanças podem afetar significativamente a qualidade de vida e a intimidade. A diminuição do desejo sexual, combinada com o desconforto físico, pode levar a sentimentos de frustração e ansiedade em relação à vida sexual. Além disso, a falta de lubrificação pode aumentar o risco de infecções vaginais e urinárias, criando mais uma camada de complicação para a saúde da mulher.
A terapia de reposição hormonal pode ser uma opção eficaz para aliviar esses sintomas, mas não é a única solução. Mas existem também lubrificantes vaginais, hidratantes e outros tratamentos tópicos que podem ajudar a aliviar o desconforto e melhorar a qualidade da vida sexual. O acompanhamento com um ginecologista é essencial para encontrar a melhor abordagem para cada mulher.
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Não sofra na menopausa
Os efeitos da queda de estrogênio são amplos e podem impactar diversos aspectos da vida de uma mulher, desde a saúde mental até a física e sexual. Por isso, compreender esses efeitos é o primeiro passo para gerir os sintomas de maneira eficaz e preservar a qualidade de vida.
Se você está experimentando sintomas associados à queda de estrogênio, agende uma consulta no Instituto Bratan para discutir as melhores opções de tratamento para o seu caso específico.