A menopausa é um período marcante na vida de toda mulher. Trata-se da fase que sinaliza o encerramento da capacidade reprodutiva feminina, trazendo consigo uma série de mudanças fisiológicas e emocionais.
Uma dessas mudanças, e frequentemente a mais comentada, é a alteração na libido. Se você já ouviu falar ou sentiu as variações da libido na menopausa e se pergunta o porquê disso, continue lendo o artigo que compartilho abaixo.
Importante lembrar desde já que a transição para a menopausa não acontece da noite para o dia. É um processo gradual que envolve diversas mudanças hormonais e metabólicas. E a libido, tão complexa e multifacetada, não fica imune a essas alterações.
O que é a menopausa e o que a desencadeia?
A menopausa é definida pelo fim dos ciclos menstruais e ocorre, em média, por volta dos 50 anos. Esse processo é precedido pela perimenopausa, uma fase de transição que pode durar anos, durante a qual os ovários gradualmente produzem menos estrogênio.
Finalmente, quando os ovários param de liberar óvulos e os níveis de estrogênio caem significativamente, a menopausa se estabelece.
Esse decréscimo hormonal é o principal motor da maioria dos sintomas associados, incluindo as mudanças na libido na menopausa. A redução no estrogênio pode levar a mudanças fisiológicas, como a diminuição da lubrificação vaginal, que pode tornar o sexo desconfortável, afetando, assim, o desejo sexual.
Por que a libido é afetada na menopausa?
Diversos fatores convergem para alterar a libido na menopausa. Primeiro, temos as já mencionadas mudanças hormonais. Os níveis decrescentes de estrogênio e progesterona podem afetar diretamente o desejo sexual.
Em segundo lugar, a redução na lubrificação vaginal e a atrofia dos tecidos vaginais podem causar desconforto durante o ato sexual, desencorajando a atividade sexual.
Adicionalmente, outros sintomas da menopausa, como ondas de calor, insônia e alterações de humor, podem contribuir para a redução da libido. O bem-estar emocional e mental desempenha um papel crucial no desejo sexual, e o acúmulo de sintomas da menopausa pode levar a um declínio geral no interesse pelo sexo.
Melhorando a libido na menopausa: o papel da reposição hormonal
A reposição hormonal surge como uma aliada promissora para muitas mulheres que enfrentam queda da libido na menopausa. A terapia de reposição hormonal (TRH) envolve a reintrodução de hormônios como estrogênio e, em alguns casos, progesterona no corpo, imitando os níveis hormonais encontrados antes da menopausa.
Para muitas mulheres, a TRH pode ajudar a aliviar vários sintomas da menopausa, incluindo as ondas de calor e a secura vaginal, melhorando, consequentemente, o desejo sexual.
No entanto, é vital mencionar que a reposição hormonal não é uma solução universal e pode não ser para todas. Aliada a ela, outras abordagens podem ser necessárias, e por isso é fundamental falarmos em um atendimento integrativo da mulher.
Quando começar a reposição hormonal?
A decisão de iniciar a terapia de reposição hormonal (TRH) é multifacetada e depende de uma série de fatores individuais, envolvendo tanto questões fisiológicas quanto de qualidade de vida. O timing correto para começar a TRH pode ser crucial para obter seus benefícios máximos e minimizar potenciais riscos.
Sintomas como critério principal
Um dos principais impulsionadores para iniciar a TRH é a gravidade e o impacto dos sintomas da menopausa na vida diária. Mulheres que enfrentam ondas de calor intensas, insônia, secura vaginal ou outros sintomas debilitantes podem considerar a reposição hormonal como uma solução viável para melhorar sua qualidade de vida. Em muitos casos, iniciar a TRH durante os estágios iniciais da perimenopausa pode oferecer alívio mais rápido e eficaz.
Fatores de risco e saúde geral
Antes de iniciar a TRH, é fundamental avaliar os potenciais riscos do tratamento. Mulheres com histórico de certos tipos de câncer, coágulos sanguíneos, doenças hepáticas ou aquelas com alto risco de doença cardíaca podem não ser candidatas ideais para a reposição hormonal. Nestes casos, outros tratamentos ou terapias alternativas podem ser recomendados.
Considerações sobre a idade
Enquanto algumas mulheres podem começar a sentir sintomas da perimenopausa já na faixa dos 30 anos, outras podem não experimentar sintomas significativos até os 50 anos ou mais.
Em geral, a TRH o início mais frequente é em mulheres na faixa dos 40 e 50 anos. Estudos indicam que iniciar a TRH mais cedo, especialmente dentro dos primeiros 10 anos após o início da menopausa, pode maximizar os benefícios e reduzir os riscos associados ao tratamento.
A duração da reposição hormonal
Outra consideração é por quanto tempo a TRH será administrada. Embora muitas mulheres possam precisar de terapia por um curto período (2-3 anos) para aliviar os sintomas mais agudos, outras podem continuar a TRH por uma década ou mais para continuar a obter seus benefícios, especialmente na proteção contra a osteoporose.
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A importância do acompanhamento profissional
Enquanto nos aprofundamos nos mistérios da libido na menopausa, uma coisa se torna cristalina: o acompanhamento de um profissional de saúde é essencial. A jornada da menopausa é única para cada mulher, e ter alguém qualificado para orientá-la através dos desafios e decisões é inestimável.
Em conclusão, a menopausa é um período de grandes transformações. Ou seja, a queda na libido na menopausa é apenas uma das muitas mudanças que as mulheres enfrentam. Felizmente, com conhecimento e apoio adequado, é possível navegar por essas águas com confiança e bem-estar.
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