A menopausa precoce ocorre quando uma mulher entra na menopausa antes dos 40 anos, uma condição que pode ser bastante desafiadora. Para muitas mulheres, a menopausa precoce chega como uma surpresa, causando uma série de preocupações sobre saúde, fertilidade e qualidade de vida.
Ela não só interrompe o ciclo menstrual, mas também pode trazer sintomas físicos e emocionais que normalmente ocorrem mais tarde na vida. Entender o que causa a menopausa precoce é importante para lidar com seus efeitos e buscar tratamentos adequados.
Menopausa precoce pode ser causada por uma variedade de fatores, desde condições genéticas até intervenções médicas. Às vezes, não há uma causa clara, o que pode tornar a situação ainda mais frustrante para as mulheres afetadas.
É importante destacar que essa condição não é simplesmente uma questão de ciclos menstruais interrompidos, mas também envolve uma mudança significativa nos níveis hormonais, especialmente o estradiol e a progesterona, que podem impactar diversas áreas da saúde.
Fatores genéticos e menopausa precoce
Ela pode ter uma forte componente genética. Mulheres cujas mães ou irmãs passaram por menopausa precoce têm uma probabilidade maior de também experimentarem essa condição.
Isso ocorre porque certas mutações genéticas podem afetar a função dos ovários, levando a uma falência ovariana prematura. Estudos mostram que mutações no gene FMR1, por exemplo, estão associadas a uma maior probabilidade de menopausa precoce. Portanto, se há histórico familiar, é importante monitorar os sinais de menopausa precoce desde cedo.
Além disso, a síndrome de Turner, uma condição genética em que uma mulher nasce com um cromossomo X ausente ou incompleto, pode resultar em insuficiência ovariana precoce.
Nessas mulheres, a função ovariana pode ser comprometida desde a infância, levando à menopausa precoce na adolescência ou no início da idade adulta. A identificação precoce dessas condições genéticas pode ajudar a planejar e gerenciar melhor os sintomas e impactos.
Por isso, para mulheres com histórico familiar de menopausa precoce, é recomendado que consultem um especialista em saúde feminina. Um exame genético pode ser uma ferramenta valiosa para identificar o risco e tomar medidas preventivas adequadas.
Condições autoimunes
Outro fator importante que pode causar menopausa precoce são as condições autoimunes. Em doenças autoimunes, o sistema imunológico, que normalmente protege o corpo contra doenças, começa a atacar tecidos saudáveis, incluindo os ovários.
Isso pode resultar em inflamação e destruição das células ovarianas, levando à falência ovariana prematura. Condições como a tireoidite autoimune, lúpus e artrite reumatoide estão frequentemente associadas a um risco aumentado de menopausa precoce.
Quando os ovários são atacados pelo sistema imunológico, a produção de hormônios como estradiol e progesterona é interrompida, o que leva aos sintomas da menopausa, como ondas de calor, secura vaginal, e alterações de humor, muito antes do esperado. Além disso, essas condições podem exacerbar os sintomas da menopausa, tornando a experiência ainda mais desafiadora.
Para mulheres com doenças autoimunes, é fundamental manter um acompanhamento médico regular. A gestão eficaz da condição autoimune pode ajudar a minimizar os danos aos ovários e, potencialmente, retardar o início da menopausa precoce. Terapias hormonais também podem ser uma opção para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Intervenções cirúrgicas e tratamentos médicos
Algumas intervenções cirúrgicas e tratamentos médicos também podem causar menopausa precoce. A remoção dos ovários (ooforectomia) é a causa mais direta, já que sem os ovários, o corpo não pode produzir os hormônios sexuais femininos necessários para a função reprodutiva.
Mulheres que passam por uma ooforectomia para tratar condições como câncer de ovário, endometriose grave ou cistos ovarianos correm o risco de entrar em menopausa imediatamente após a cirurgia.
Além disso, tratamentos como quimioterapia e radioterapia, que são comumente usados para tratar câncer, podem danificar os ovários e levar à menopausa precoce. Esses tratamentos podem destruir os folículos ovarianos, que são necessários para a produção de estradiol e progesterona, resultando na cessação dos ciclos menstruais e no início dos sintomas da menopausa. A extensão dos danos depende do tipo de tratamento, da dose e da idade da paciente no momento do tratamento.
Para mulheres que necessitam de tais tratamentos, é importante discutir com seu médico as possíveis consequências para a função reprodutiva. Mas em alguns casos, pode ser possível preservar a fertilidade por meio de técnicas como congelamento de óvulos antes do início do tratamento.
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Tenha acompanhamento médico
A menopausa precoce pode ser desencadeada por uma variedade de fatores, desde predisposições genéticas até condições autoimunes e intervenções médicas. Compreender as causas subjacentes é fundamental para que as mulheres possam buscar o tratamento e as intervenções apropriadas.
Embora a menopausa precoce traga desafios significativos, existem opções de tratamento que podem ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Se você suspeita que está enfrentando sintomas, não hesite em buscar ajuda. Agende uma consulta no Instituto Bratan para discutir suas preocupações e explorar as opções de tratamento que podem ser adequadas para você.